São
Paulo — O Brasil é, empatado com a Índia, o terceiro país que mais perde com
crimes digitais, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Essa é uma das
conclusões do estudo Norton Cybercrime Report 2012,
da Symantec. Nas contas da empresa, o país perde 16 bilhões de reais por ano
com crimes digitais.
A pesquisa teve a participação de 13 mil adultos com acesso à
internet em 24 países. A Symantec diz que as perdas somam 220 bilhões de reais
nesses países, que é o valor que os americanos gastam anualmente com fast food.
A empresa estima que 556 milhões de pessoas são vítimas de crimes digitais por
ano, o que equivale a 18 ocorrências por segundo. 42% delas são casos de
fraude; e, 17%, de roubo de informações. Cada ataque geraria um prejuízo médio
de quase 400 reais.
Empresas de segurança costumam produzir relatórios como esse
para amedrontar os usuários e convencê-los a comprar seus produtos. Mas a
Symantec enfatiza que as principais falhas que viabilizam os crimes são de
comportamento. O estudo aponta que as pessoas estão mais conscientes das
ameaças tradicionais, como os vírus.
89% delas apagam mensagens suspeitas de remetentes
desconhecidos. 83% têm pelo menos um antivírus básico no computador. E 78%
evitam abrir arquivos anexos ou clicar em links incluídos em mensagens de
origem desconhecida. Mas os criminosos têm explorado dispositivos móveis e
redes sociais para surpreender as vítimas.
A Symantec vê riscos nas vulnerabilidades dos dispositivos
móveis, que dobraram de 2010 para 2011. Outra chance para os criminosos está
nas redes Wi-Fi desprotegidas, usadas por dois terços dos participantes da
pesquisa.
Dados
pessoais enviados por e-mail – uma forma de comunicação notoriamente insegura –
também criam oportunidades para o crime. E há o eterno problema das senhas
fáceis de adivinhar, que 40% das pessoas admitem usar. Apesar de os
especialistas alertarem, há muitos anos, que as senhas devem ser complexas e
precisam ser trocadas periodicamente, muitos ainda adotam uma palavra simples
para acesso a sites da web.Por: Mauricio Grego - Info
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