A vida do americano
Stephen Elop não está fácil. Ele assumiu a presidência da Nokia há dois anos em meio
a uma grande crise. Uma vez no comando, ele refez a estratégia da fabricante
finlandesa ao adotar o sistema Windows Phone, da Microsoft, nos smartphones da companhia e ao
lançar a linha Lumia para competir em pé de igualdade com Apple, Samsung no mais lucrativo
setor da telefonia celular. Elop ainda fez
demissões e reorganizou os gastos da empresa. Mesmo assim a Nokia continua no
negativo. No último trimestre, as vendas do Lumia caíram 25%, para 2,9 milhões
de aparelhos, em relação aos três meses anteriores. Os resultados financeiros
ficaram acima das expectativas do mercado, mas ainda assim houve um prejuízo de
US$ 754 milhões. E analistas prevêm que a Nokia continuará em baixa nos
próximos meses.
Foi em meio a essa
situação negativa que Elop fez sua primeira visita ao Brasil desde que se
tornou CEO da Nokia. Durante a viagem de três dias iniciada hoje, ele irá se
encontrar com analistas de mercado, desenvolvedores de programas para
celulares, operadoras de telefonia e funcionários. Também reservou espaço na
sua agenda para anunciar o lançamento de três novos celulares no Brasil – o
Asha 320, o Lumia 820 e o Lumia 920 – e conversar sobre os rumos da Nokia. Com
simpatia e informalidade, Elop deixou claro seu principal objetivo à frente da
Nokia. “Nosso foco é bater o Android”, afirmou o executivo em relação ao
sistema operacional para celular do Google, atualmente o mais usado no mundo.
“Não vamos brigar com outras fabricantes que usam o Windows porque estaríamos
disputando uma fatia pequena do mercado. É mais importante estabelecer o
Windows como uma terceira alternativa nesse mercado”.
Elop também explicou
sua opção pelo sistema de Microsoft. A Nokia o adotou exclusivamente, mas o
Windows não é uma exclusividade sua e é usado por concorrentes. “Quando
assumimos esse compromisso, a Microsoft buscava alguém para apoiar o Windows”,
disse. “Além de recebermos por isso, essa escolha nos deu vantagens, como
influenciar no seu desenvolvimento e ser uma parceira prioritária. O Windows
Phone foi criado em aparelhos Lumia, por exemplo.”
Por: Rafael Barifouse - Época
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